“Leites” Vegetais
Bebidas Não Lácteas (para além da Soja)
Para alguns de nós já não é novidade que o leite oriundo da vaca não trás benefícios para a saúde, muito ainda pelo contrário.
Assim que se começou a concluir que o consumo de leite de vaca estava associado a alergias, eczema, dores de cabeça, obstipação, flatulência ou mesmo diarreia, de uma forma geral começou a haver uma maior procura pelo “leite” de soja.
O “leite” de soja é chamado de “leite” não o sendo, naturalmente, uma vez que leite é um alimento exclusivamente proveniente de um animal. No entanto a sua cor, sabor e “opção para pequeno‐almoço como substituo do leite de vaca”, conferiram‐lhe essa designação.
O consumo diário de “leite” de soja, em opção ao leite de vaca, não parece ser também a opção mais conveniente. A soja, na qualidade de leguminosa que o é, pode dar origem a gases intestinais bem como alguns estudos indicam que a soja não deverá ser consumida na quantidade que o “mundo ocidental” a começou a utilizar. O consumo médio de soja no Japão e na China é de 10 gramas por dia (aproximadamente 2 colheres de chá). Os povos asiáticos utilizam a soja em pequenas quantidades, como condimento, e não como substituto para as proteínas animais.
Sendo que a forma mais saudável de a consumir será em rebentos ou em tofu.
Algum tempo após o “leite” de soja ter sido comercializado começaram também a surgir outros “leites” de origem vegetal.
Hoje em dia o que se pode encontra à venda no mercado é uma verdadeira panóplia de opções.
Existem então os “leites” de: arroz, (arroz e coco ‐ uma delicia para apreciadores!), aveia, espelta, trigo‐sarraceno, amêndoa, avelã, quinoa, kamut, milho, millet, cevada, chufa, alpiste, entre possivelmente outros que se farão caseiramente como “leite” de sésamo ou amaranto, e outros que poderão ainda vir a surgir no mercado.
Como em todos os aspetos da vida, o que é necessário é haver um equilíbrio no qual estas bebidas poderão entrar na dieta alimentar de cada um de nós variada e pontualmente. Discordo em absoluto da ideia de se substituir a quantidade de leite de vaca que se consumia diariamente por uma destas bebidas ou “leites”, sublinhando a importância de variar as refeições, incluindo a do pequeno‐almoço!
Para os que querem saber um pouco mais destas bebidas apresento uma tabela com informação nutricional que poderá servir para fazer a escolha mais adequada. Apenas incluo neste estudo as bebidas originais (que deverão ser a escolha) e não com sabores adicionados. A título comparativo os leites que surgem em primeiro lugar na tabela apresentada são os de vaca e cabra (sendo este último uma opção “menos má” ao leite de vaca).
Realço que a premissa base de uma boa alimentação é a variedade dos alimentos que se ingerem, devendo idealmente variar o consumo dentro destas possibilidades não lácteas.
Pais que queiram que os seus filhos consumam estas bebidas podem fazê‐lo com segurança e sugiro que para que a aquisição deste novo hábito alimentar seja eficaz, o façam também!
Para os paladares mais “resistentes às mudanças” podem começar por fazer uma mistura de leite de vaca ou cabra com uma destas bebidas numa proporção que vá aumentando (favorecendo a bebida vegetal) gradualmente à medida que o gosto se vá adaptando.
Coma bem, viva melhor!
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